domingo, 3 de maio de 2009

Adoração

Adorar. "Deus procura adoradores que O adorem em espírito e em verdade" (João 4:23).

Mas como adorá-Lo em espírito e em verdade? Como agradar verdadeiramente o coração do Pai? Como tornar o nosso louvor em um som perfeito, um aroma suave, uma oferta agradável ao Senhor? Indagações como estas são constantes na vida daqueles que desejam agradar ao Senhor, que almejam alcançar a graça de Deus, que anseiam viver na plenitude da Sua presença. Adorar, no sentido mais profundo da palavra, vai muito além do que a nossa mente pode alcançar. É uma atitude de entrega, de renúncia, de amor.
O mais puro amor.

Como alcançar a verdadeira adoração não é uma definição que está escrita em livros, não existem regras teóricas. Não existem estudos e nem o maior conhecimento que a mente humana possa alcançar poderá levar o homem à atitude plena da adoração. O caminho para se chegar ao coração do Pai através da adoração é um só: Vida com Deus. Como assim? Não se pode alegrar o coração de alguém quando se faz tudo errado. Imaginemos uma situação bem prática. Um filho, por mais que se esforce, não consegue agradar a um pai quando só faz coisas que o entristece. Um filho desobediente, teimoso, rebelde, distante, murmurador, que não se contenta com nada, que só pede, mas não quer fazer nada, esse filho não consegue agradar a um pai. Da mesma forma acontece em relação ao nosso Pai celestial. Ele nos ama de forma incondicional. Mas nossa adoração não pode agradá-lo quando não estamos vivendo de acordo com a Sua verdade. A adoração não pode fundamentar-se em condições. Por exemplo: "Eu vou adorar ao Senhor porque assim eu sei que vou conseguir aquele emprego que eu quero". É claro que o Senhor se agrada em nos presentear e conceder-nos os desejos do nosso coração, mas ao adorarmos o Seu santo nome não podemos ficar presos a desejos materiais, a condições. Não podemos oferecer alguma coisa pedindo algo em troca.

O Senhor é digno de receber o louvor, a honra, a glória independentemente de qualquer favor que nos faça. O maior sacrifício já foi feito por nós na cruz do calvário, quando Jesus "verdadeiramente tomou sobre si as nossas dores e as nossas enfermidades; ele foi ferido por nossas transgressões e moído por nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre Ele e por suas pisaduras fomos sarados". (Isaías 53:4-5). Depois disso, tudo o que o Senhor fizer por nós, os nossos pedidos, Ele atende porque nos ama de forma sobrenatural e as Suas "misericórdias não têm fim, mas duram para sempre" (Lam. 3:22). Precisamos entender essa verdade. Nada do que Ele faça por nós será condição para adorá-Lo. Devemos adorá-Lo pelo que Ele é e pelo que Ele fez por nós, pelo Seu infinito amor, por Sua graça e compaixão. Esse é o verdadeiro sentido da adoração. A verdadeira adoração é alcançada à medida que se busca a intimidade com o Senhor. Quando O buscamos, nos humilhamos, nos prostramos e nos rendemos diante da Sua presença, quando reconhecemos o sacrifício da cruz e aceitamos essa atitude de Deus em nossas vidas. Então, estamos no princípio da adoração. Agradamos o coração de Pai quando declaramos nossa total dependência a Ele. Por isso dizer que a adoração é uma atitude de entrega e de renúncia, pois só se chega a um patamar elevado na adoração quando ocorre essa atitude. Devemos entregar tudo o que temos, tudo o que somos ao Senhor. Não podemos dizer que O adoramos quando tentamos fazer tudo de acordo com nossos princípios e vontades, nem quando trazemos toda a glória a nós mesmos pelos nossos atos e conquistas. Se fizermos qualquer coisa, se alcançarmos qualquer vitória é pelo Senhor, "porque d'Ele, por Ele e para Ele são todas as coisas; a glória, pois, a Ele eternamente. Amém" (Rm: 11:36). Portanto, devemos colocá-lo como "piloto" das nossas vidas, e todas as nossas atitudes devem ser baseadas nos seus ensinamentos e no Seu "comando de ordem". Não devemos andar preocupados, ansiosos, abatidos, mas sim esperançosos, pacientes e alegres, porque na "presença do Senhor há abundância de alegria" (Salmos 16:11).

Por que renúncia? Porque quando renunciamos a bens materiais, fama, sucesso, sonhos que não são os sonhos de Deus, não apenas de palavras, mas de todo coração, então atingimos o ato de entrega e de rendição ao Senhor. Daí o fato de as duas coisas estarem ligadas. Um fato interessante da Bíblia que gostaria de ressaltar é a provação de Abraão. "Deus provou Abraão pedindo em holocausto o seu único filho: "E aconteceu depois destas coisas, que provou Deus a Abraão, e disse-lhe: Abraão! E ele disse: Eis-me aqui. E disse: Toma agora o teu filho, o teu único filho, Isaque, a quem amas, e vai-te à terra de Moriá, e oferece-o ali em holocausto sobre uma das montanhas, que eu te direi. Então se levantou Abraão pela manhã de madrugada, e albardou o seu jumento, e tomou consigo dois de seus moços e Isaque seu filho; e cortou lenha para o holocausto, e levantou-se, e foi ao lugar que Deus lhe dissera. Ao terceiro dia levantou Abraão os seus olhos, e viu o lugar de longe. E disse Abraão a seus moços: Ficai-vos aqui com o jumento, e eu e o moço iremos até ali; e havendo adorado, tornaremos a vós. E tomou Abraão a lenha do holocausto, e pô-la sobre Isaque seu filho; e ele tomou o fogo e o cutelo na sua mão, e foram ambos juntos. Então falou Isaque a Abraão seu pai, e disse: Meu pai! E ele disse: Eis-me aqui, meu filho! E ele disse: Eis aqui o fogo e a lenha, mas onde está o cordeiro para o holocausto? E disse Abraão: Deus proverá para si o cordeiro para o holocausto, meu filho. Assim caminharam ambos juntos. E chegaram ao lugar que Deus lhe dissera, e edificou Abraão ali um altar e pôs em ordem a lenha, e amarrou a Isaque seu filho, e deitou-o sobre o altar em cima da lenha. E estendeu Abraão a sua mão, e tomou o cutelo para imolar o seu filho; Mas o anjo do Senhor lhe bradou desde os céus, e disse: Abraão, Abraão! E ele disse: Eis-me aqui. Então disse: Não estendas a tua mão sobre o moço, e não lhe faças nada; porquanto agora sei que temes a Deus, e não me negaste o teu filho, o teu único filho. Então levantou Abraão os seus olhos e olhou; e eis um carneiro detrás dele, travado pelos seus chifres, num mato; e foi Abraão, e tomou o carneiro, e ofereceu-o em holocausto, em lugar de seu filho. "( Gênesis 22: 1-13). Abraão, devido à sua vida de entrega, de renúncia, chegou até aí sem murmurar, sem reclamar a Deus, sem ao menos perguntar a Deus o porquê daquilo. Mas simplesmente ouviu e obedeceu. Entregou, renunciou a si mesmo, aos seus sentimentos de pai, ao seu sonho de ter um filho com sua esposa, em amor ao Senhor. O que faríamos nós se Deus nos provasse como provou a Abraão? Será que teríamos a mesma atitude de rendição, de renúncia e de entrega? Abraão torna-se um exemplo para nós. Que atitude maravilhosa de Abraão! Ele não temeu, não duvidou, não murmurou, antes, ouviu a voz do seu "piloto", ouviu o Seu "comando de ordem" e, confiando, obedeceu.

Isso é tremendo. É loucura aos olhos naturais. Existe uma canção, inspirada por Deus, que serve para nós como uma oração ao Senhor. Ela diz assim: "Não quero mais viver pra mim mesmo, ajuda-me SenhorEnsina-me os Teus pensamentos que são maiores que os meusOs meus sonhos te douOs meus planos, meu querer, deixo em Teu altarLugar de morte, lugar de se entregarComo um sacrifício vivo a TiLugar de renúncia, lugar de confiarQue Tua graça é melhor que a vidaEstou no Teu altar" Que essa seja a nossa oração, não só hoje, mas todos os dias da nossa vida. Que venhamos buscar estar sempre no altar de Deus, renunciando a nós mesmos, confiando, nos entregando e nos regozijando na presença do Pai Eterno. E que possamos, como Abraão, ouvir a voz de Deus e, em obediência, temor e amor obedecê-Lo, para que, ao sermos provados possamos ser também aprovados pelo Senhor e viver não mais nós, mas deixar que Ele viva em nós. Assim, alcançaremos o coração do nosso Amado e, como uma declaração de amor, ele ouvirá o nosso louvor e derramará sobre a Sua noiva a excelência do Espírito Santo!!!!!


Fonte: site livres em cristo

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